sábado, 1 de dezembro de 2012


                               Análise : Os Lusíadas




Os Lusíadas
Poema publicado em 1572, no auge do Renascimento literário em Portugal, é considerado pela crítica literária a maior obra poética da língua portuguesa. Narra a viagem de Vasco da Gama e sua descoberta do caminho marítimo para as Índias, entre 1497 e 1498. Camões conta, através dessa epopéia, os grandes feitos da história de Portugal.
 
Poema épico: composto de versos decassílabos (de dez sílabas poéticas), inspirado em outras duas epopéias: Odisséia, do poeta grego Homero; e Eneida, do poeta romano Virgílio. As  Estrofes foram baseadas no italiano Ariosto,  em oitava rima: versos de oito estrofes rimados sempre da mesma forma: ABABABCC.

A epopéia é composta de 1.102 estrofes, 8.816 versos, todos decassílabos, divididos em dez cantos.

Estrutura narrativa: é composto de três narrativas o Uma narrativa central sobre a viagem da armada de Vasco da Gama; o Vasco da Gama narra, ao rei de Melinde, a história de Portugal até o dia de sua viagem, incluindo os feitos de Dom Nuno Álvares Pereira; o caso trágico de Inês de Castro; e o dia de sua própria partida, com o premonitório discurso do “Velho do Restelo” e o episódio do “Gigante Adamastor”; o Relatos do marinheiro Veloso, incluindo o episódio dos “Doze da Inglaterra”; o Relato de Paulo da Gama, irmão de Vasco, já nas Índias, sobre outros feitos dos portugueses, ao Catual* de Calicute.* Catual:Intendente de negócios estrangeiros;uma espécie de prefeito, administrador.






Estrutura




Proposição: (Canto I, estrofes 1 a 3) Intenção do poema: celebrar os feitos lusitanos, navegações e conquistas.

Invocação:  (Canto I, estrofes 4 e 5) o poeta invoca o auxílio das ninfas do rio Tejo (as Tágides) para que dêem inspiração. 4
Dedicatória (Canto I, estrofes 6 a 18) ao rei D. Sebastião, visto como a esperança de propagação da fé católica e aumento do império português.

Narração: (a partir da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X). Concílio dos deuses sobre a ousada decisão dos portugueses: devem favorecê-los ou impedi-los? Júpiter é favorável; Baco, ferrenhamente contrário;  ambém são a favor Marte e Vênus, esta nos Portugueses vendo a raça latina descendente de seu filho Enéias. Baco, derrotado na assembléia divina, põe em ação a sua hostilidade contra os lusos, procurando impedir que cheguem à sua Índia, e para isto se valendo da gente africana, que lhes arma ciladas.


Paulo da Gama explica ao Catual o significado dos símbolos das bandeiras portuguesas, contando-lhe episódios da História de Portugal nelas representados. Baco intervém de novo contra os portugueses, aparecendo em sonhos a um sacerdote brâmane e instigando-o através da informação de que vêm com o intuito da pilhagem.
O Samorim interroga Vasco da Gama, que acaba por regressar às naus, mas é retido no caminho pelo Catual subornado, que apenas deixa partir os portugueses depois destes lhes entregarem as fazendas que traziam. O poeta tece considerações sobre o vil poder do ouro.


Epílogo:  (Canto X, estrofes 145 a 156), grande lamento do poeta, que reclama o fato de sua “voz rouca” não ser  ouvida com mais atenção.       
               




















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